Ser

Eu existo, sei disso. Minha vida me pertence. Faço com ela o que eu quiser, e sou responsável pelas consequências das minhas escolhas. O estado (que SEMPRE deve ser laico) jamais vai poder legislar sobre minhas escolhas individuais. Sim sou individual, sou único, um universo inteiro contido em mim. Trilhões de sinapses produzindo pensamentos, construindo realidades. Energia pura, química, elementar, fluindo e me constituindo como ser que sou.

“Somos seres relacionais, como podemos querer ter a pretensão de rotular ou legislar sobre o amor. O amor somos nós!”

Tenho hoje a mulher momentânea da minha vida, que assim se perdure enquanto infinito for. Somos seres constituídos de amor. Se Deus existe, ele jamais iria se opor a algo tão sublime, logo o amor é livre. Como nós, livres, condenados a sermos livres, donos do nosso corpo, mente e vontade. O que nos move é o amor. Somos seres relacionais, como podemos querer ter a pretensão de rotular ou legislar sobre o amor. O amor somos nós!

O amor é o que nos faz o coletivo que somos, portanto não deve haver diferenciação entre pessoas, todos os seres podem e devem fazer uso irrestrito do amor. De todas as formas, de todos os jeitos, com toda intensidade que convier.

A grande inimiga da liberdade e do amor é a necessidade. O amor sempre bastaria se todos se respeitassem, se cada um cuidasse bem do individual e desse espaço à necessária presença do senso de coletividade.

Se existimos, sem saber “(…) ao que será se destina”, se sou livre e tenho amor, por que precisaria de alguém pra me dizer o que devo ou não fazer com minhas escolhas? Por que precisaria de alguém pra me dizer o que é certo ou errado, sendo que no amor (respeito) essa dualidade não existe? Não preciso! Tenho minha liberdade e arco com minhas responsabilidades. Não existe normalidade, porque cada um é um universo em si. Ninguém pode contradizer isso, ninguém pode julgar o amor do outro, ninguém pode dizer o que o outro deve fazer. Não importa como somos, não importa quem somos, não importa de onde viemos, todos iremos ao encontro do inevitável, do mal irremediável, nascemos um dia, morreremos algum dia, duas perguntas precisam sempre estar sendo feitas: O que eu fiz do meu nascimento até aqui e o que eu vou fazer daqui até morrer?

A escolha é sempre sua, não deixe NINGUÉM NUNCA pensar por você.

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Lauro Pontes
Lauro Pontes
Professor, escritor, pesquisador, supervisor em existencial-humanismo. Doutor em psicologia pela UERJ, coordenador de especialização em Cannabis medicinal, está sempre em busca de entender nossa mente e o universo que habitamos, enquanto isso alimenta diariamente seu vicio em seriados, joga pelada e exerce a paternidade de uma pré-adolescente.

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