Flexor

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    Para o meu projeto final no Artscience (curso em que me formei em julho deste ano, na KABK, Academia de Artes de Haia, Holanda) eu queria criar um espaço que coreografasse a platéia. Queria que o público fosse desafiado a virar a obra, numa interação coletiva – mas por escolha e para o deleite dele mesmo. O “Flexor” mudou muito ao longo de três meses de preparo. E virou essa instalação, que tem um quê de playground e um pouco de aparelho de ginástica também. Mas ele não é só uma instalação, pra mim ele é mais uma estratégia de cooperação com o público. Um sistema, que muda de acordo também com a sala em que ele é instalado.

    Ao criar esse espaço para a descoberta do movimento, eu quis que a plateia adquirisse um papel diferente do que se tem nos museus ou nas galerias de arte. Queria que as pessoas se contagiassem com as outras e aprendessem algo sobre si mesmos. É um aparelho que impõe o cuidado. É frágil, mas também imprevisível nos primeiros contatos. A experiência de subir, mexer-se, estar nele, não é a mesma que a nossa visão nos informa. As plataformas que rolam pregam peças.

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