Artísta. Ativista. Revolucionária. Três palavras que Kaê Guajajara, indígena da etnia Guajajara, conhece bem. Com 25 anos, Kaê lançou, recentemente, seu primeiro EP, e com isso, vem se inserindo na cena da música independente do Rio de Janeiro.
Intitulado “Hapohu”, o EP destaca a cantora maranhense pelo tom de voz e pela capacidade de síntese: Traz, em suas três faixas, várias questões importantes de serem destacadas, passando por temas como representatividade, preservação ambiental, identidade cultural, opressão, amor e ancestralidade. A cada música tocada, vários são os recados.
No vídeo, produzido pela Sofar Sounds, Kaê Guajajara apresenta a música “Mãos Vermelhas”
Kaê faz parte do coletivo indígena que ocupa hoje a Aldeia Maracanã, situada ao lado do estádio de mesmo nome, mantendo seu ativismo em prol da recuperação e manutenção desse território. Hoje, mora no Complexo da Maré, onde começou a compor e gravar suas primeiras músicas, que usa para denunciar as violências e abusos que precisa tolerar cotidianamente como indígena em contexto urbano.
“Hapohu vem quebrando o silêncio e as correntes impostas pelo racismo e a colonização…”
O título do EP vem do Zee’te, língua nativa da etnia Guajajara, e significa raiz grande. Em um vídeo no YouTube, a página descreve o EP com as seguintes palavras:
“Tecendo uma linha entre ancestralidade e futurismo indígena, Hapohu vem quebrando o silêncio e as correntes impostas pelo racismo e a colonização, trazendo à tona gritos de resistência que atravessam e ecoam meio milênio. Uma ótima oportunidade disponível em vários meios digitais pra conscientizar não indígenas sobre quem são os verdadeiros donos dessa terra e a que pé estamos.”
As três faixas de Kaê estão disponíveis no Youtube, Spotify e diversas outras plataformas de streaming.
Você também pode acompanhar a artista através do Instagram @kaeguajajara
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