Hoje nós vamos falar sobre coleção.
– Quem trouxe a definição de coleção, que eu pedi na aula passada?
– Professora, li que é uma reunião de objetos da mesma natureza; reunião de objetos escolhidos por sua beleza, raridade, valor documentário ou preço: coleção de selos, coleção de quadros…
– Exato Pedro. Muito bem! E quem aqui tem ou já teve uma coleção?
Essa resposta pode ser dada por um número infinito de pessoas. A coleção está relacionada à moda, aos modos e às necessidades que as pessoas têm de estarem relacionadas a grupos, ou mesmo, de por seus desejos em prática. Colecionar é uma cadeia, que leva o indivíduo a dedicar parte da sua vida à prática e acaba influenciando outras pessoas.
Ao buscar no Google pelo nome “coleção”, além da música da cantora Ivete Sangalo (Sei que você gosta / De brincar / De amores / Mas, oh / Comigo não / Comigo não…), vemos notícias de coleções inverno, verão, e nesse caso o contexto já é um pouco diferente, está mais relacionado ao consumo e vaidade. Colecionar está inserido num contexto mais amplo do que apenas comprar.
Não há limites para os colecionadores. Sobra criatividade e dedicação. Ken Bannister começou sua coleção em 1972, hoje ele possui mais de 8 mil itens relacionados com bananas e continua a expandir. Tudo começou quando ele ganhou de um parente muitos adesivos de bananas e os distribuiu durante uma Feira de Negócios. Acabou sendo apelidado de “Top Banana” e como brincadeira, as pessoas começaram a lhe enviar coisas com a fruta. Com 52 anos, Kollektsionersha começou a colecionar bonecas, em 1993. Agora sua coleção de Barbie tem 15.000 itens diferentes. O sonho de consumo das meninas de todas as idades. Paul Mawhinney chegou ao marco de 300 mil CDs catalogados, por falta de espaço, quase perdeu a esposa e por motivos de saúde resolveu leiloar a sua coleção. Valley Hummer possui uma coleção de 2.469 patos de borracha. O chinês Wang Guohua recolheu em empresas de vários países, 30 mil maços de cigarros. Lisa Courtney entrou para o Guinness com a maior coleção de Pokemons da história. Já são 12.113 brinquedos. Pam Barker possui uma coleção de 18 mil corujas, Sharon Badgley cerca de 6 mil papais noéis e Heinrich Kath 20 mil canecas de cerveja.
Para você, quanto vale uma coleção? Lembro-me com muita nostalgia das minhas. Com 12 anos colecionava latas de alumínio (cervejas e refrigerantes), acho que o que “matou” essa prática foi a reciclagem, tudo bem. Antes disso com 10 anos de idade, a coleção era de cartões de crédito de orelhões públicos. Porém a coleção que mais me marcou foi a de potes de vidro para café com líquidos coloridos. Era nada mais, nada menos, experimentos de várias tintas e até temperos, que levassem a uma cor diferente das que já estavam na coleção. Era muito interessante descobrir cores com elementos da casa; da rua. Duro foi me desfazer dela, pois seria difícil carregar mais de 50 potes de vidro no caminhão de mudança.
Há quem diga que é coisa de louco, a verdade é que o colecionismo, além da ideia básica de entretenimento, é uma ciência que desenvolve o aprendizado, sendo uma atividade cultural por excelência. A própria história relata uma série de pessoas, em diferentes locais preocupadas em guardar objetos, de modo a preservá-los. Por meio dessa prática, hoje temos o conhecimento do nosso passado. Os grandes acervos em todo o mundo, quer particulares, quer de museus: Iniciaram-se, em sua maioria, por pequenas coleções particulares. É uma cadeia que não acaba e que enriquece de várias formas os indivíduos.
– Professora, eu tenho uma coleção!!
– Legal Pedro e qual é?
– Professora, eu coleciono os nomes das gatinhas que já “peguei”.
– É Pedro, cada um com a sua coleção.