Na psicologia estudamos comportamentos, pensamentos, questões existenciais, inconscientes, tudo relacionado à mente e seus processos. Porém, não somos apenas bilhares de sinapses acontecendo e nos fazendo ser o que somos. Nosso corpo é uma usina bioquímica, que cobra caro se não for bem tratado. Esse texto clarificará o velho e importante dueto mente-corpo.
A premissa é simples, simplória. O equilíbrio bioquímico que devemos ter em nosso cérebro gera um terreno de harmonia para que possamos viver melhor com nossas emoções. Exemplo: tristeza, depressão e intestinos. Se ficarmos “enfezados”, seja por um prisão de ventre (que é um desequilíbrio), seja pela sujeira crônica no intestino (acumulada através da ingestão de alimentos industrializados, ultra-processados e/ou de baixa qualidade, ácidos em sua maioria), poderemos produzir quadros depressivos, pois 90% da serotonina, principal “substrato” de nosso bem estar, é produzida no intestino. Logo, se o intestino não funciona bem, a sensação de bem estar fica cada vez mais longe. A confusão mental e a tristeza se tornam cada vez mais intensas. Claro que as causas convencionais como emoções e traumas, bem como o estresse também são agentes catalisadores de um quadro depressivo. E é importante que sejam trabalhadas em psicoterapia.
O interessante é que o tratamento psicoterápico nas emoções e no físico, através da alimentação e suplementação, torna o processo de melhora muito mais rápido e eficaz, sem abrir mão da qualidade. Pois tratar sem pensar na unidade, no binômio mente-corpo, é ir contra o óbvio. Não podemos ser reducionistas em saúde. O ser humano tem que ser olhado por inteiro.
O que pode nos deixar doentes? O desequilíbrio. TODAS as doenças podem ser evitadas se mantivermos nosso sistema imunológico fortalecido (pela alimentação e pela mente equilibrada) e a oxidação das nossas células controladas com a ingestão de vitaminas e minerais pela alimentação funcional e suplementos.
TODAS as doenças podem ser evitadas se mantivermos nosso sistema imunológico fortalecido…
Mesmo as doenças congênitas ou as auto-imunes podem ser melhoradas pela alimentação. Mas o fato é que nossas emoções estão associadas à nutrição. Alimento é mecanismo de compensação afetiva para toda a sociedade contemporânea. Quantas vezes come-se um belo pudim de leite de sobremesa “porque eu mereço”? Ninguém se alimenta pensando apenas no corpo. A busca é pelo prazer, onde a associação do sucesso/celebração com fartura à mesa é histórico. Ou seja, comemos para celebrar, já que houve uma época em que não tínhamos comida em abundância como existe hoje. E por favor, aos xiitas de plantão: ainda existem pessoas que morrem de fome sim, o que falta é uma melhor produção/distribuição doa alimentos no mundo. Basta vontade político-administrativa pra acabar com a fome.
Qual a solução? Passarmos a comer ração e abdicar de um pão de queijo fresquinho, de um pedaço de torta de chocolate com sorvete? Não! Como os orientais falam há 5000 anos, o melhor caminho é o do meio. Devemos criar uma base alimentar, entender o terreno que vivemos.
Nosso ar é sujo, nossa água é de baixa qualidade e nossa vida é corrida e cheia de obstáculos, sociais e emocionais. Então devemos respirar melhor, e, sempre que possível, estarmos em lugares com ar mais puro.
A nossa água também deve ser bem filtrada, e muito bem filtrada. E nossa alimentação deve ser em sua maior parte balanceada. Devemos SEMPRE comer coisas integrais. A natureza é sabia e o refinamento é burro. O famoso arroz com feijão deveria ser de arroz integral e feijão vermelho ou azuki, mais nutritivo.
O refino do alimento retira muito da nutrição e acrescenta coisas que fazem mal. O caso do açúcar branco, que é rico em enxofre, é causa de muitos desequilíbrios, pois está presente na alimentação infantil de forma exacerbada, causando muito erro de diagnóstico. Confinar uma criança em um apartamento pequeno e dar a ela muito carboidrato simples, ultraprocessados e o açúcar das “besteiras infantis” vão fazer da criança hiperativa e desatenta, O que pode causar um falso diagnóstico de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
Os segredos para se viver bem não são complicados. Aplicá-los nesse mundo, denotativo, conotativo e atrasado que vivemos é que é o desafio a ser vencido. Para saber mais, sugiro a leitura de dois livros fantásticos: “Sugar Blues: o Gosto Amargo do Açúcar” de William Dufty e “Novo Manual De Medicina Natural”, do médico nutrólogo Márcio Bontempo.