Outro dia estava perdido no Instagram (mais uma vez) quando me deparei com uma animação que me fez parar por alguns minutos. Sério, fiquei hipnotizado com aqueles traços delicados se movendo de forma tão fluida. Era uma obra da Karlotta Freier, uma artista e animadora que consegue misturar técnicas tradicionais e digitais de uma forma única, criando um estilo próprio que é impossível não reconhecer.
Confesso que fiquei um tempão observando o perfil dela, tentando entender como alguém consegue criar movimentos tão orgânicos em ilustrações que parecem ter saído de um livro antigo de anatomia. É aquele tipo de trabalho que você olha e pensa: “Como assim? Como ela faz isso?”. A resposta? Bem, provavelmente ela diria algo como “Não sei, só sei que foi assim…” hehe!
O que mais me fascina no trabalho da Karlotta é como ela consegue dar vida a elementos que normalmente seriam estáticos. Suas animações têm uma qualidade utópica, como se estivéssemos vendo páginas de um livro antigo ganhando vida bem na nossa frente. É aquela história: quando você acha que já viu de tudo no mundo da animação, aparece alguém para te provar o contrário.
Animação para a Hermès, celebrando o Ano Novo Chinês.
Durante minhas pesquisas (sim, meio que viciei no trabalho dela), descobri que ela trabalha com grandes marcas e publicações, como The New York Times e The New Yorker. Mas não pense que isso a fez perder aquele toque especial que torna seu trabalho tão único. Pelo contrário, parece que cada novo projeto é uma oportunidade para ela explorar ainda mais as possibilidades de sua técnica. Acho interessante quando o artista consegue atingir esses patamares com suas obras e faturam grandes quantias pelo seu trabalho, pena não ser a realidade da maioria dos artistas.
Um dos trabalhos que mais me chamou a atenção foi uma série de ilustrações sobre o corpo humano. É impressionante como ela consegue transformar algo que poderia ser puramente científico em uma experiência artística verdadeiramente hipnotizante. São ossos, músculos e órgãos dançando na tela de uma forma que nunca imaginei ser possível.
Sabe aquele momento em que você descobre algo tão bom que precisa compartilhar com todo mundo? Pois é, estou nessa fase com o trabalho da Karlotta. Já mandei o perfil dela para praticamente todos os amigos que trabalham com arte e animação. E a resposta é sempre a mesma: um mix de admiração com aquela pontinha de inveja criativa (confesso que também senti isso).
Se você curte arte que desafia os limites entre o tradicional e o digital, que mistura técnica impecável com uma boa dose de experimentação, vale muito a pena conhecer o trabalho dela. Mas vou logo avisando: prepare-se para perder um bom tempo admirando cada detalhe das suas ilustrações e animações.
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