Pete: “Bem, você está na cidade agora. Não seria um pecado se víssemos suas pernas. Se você apertar sua cintura um pouquinho, você vai parecer uma mulher.”
-T01E01: “Smoke Gets In Your Eyes”
Peggy: “Eu quero ser a primeira diretora de criação desta agência.”
-T07E10: “The Forecast”
Roger: Esse negócio de Selma não acaba nunca. Acha mesmo que não precisam de leis de direitos civis?
-T04E05: “The Chrysanthemum and the Sword”
*Note o desconforto que Don e Pete sentem ao ver a cena, em comparação a outros demais no fundo.
A dor e o choque fica com o restante do elenco principal. Porém a grande cartada se dá pelo contraste da reação dos personagens brancos em comparação aos personagens negros. Phylis (Yaani King Mondschein), secretaria de Peggy chega no trabalho atrasada e arrasada com a situação, enquanto Dawn, que não era sequer esperada no trabalho, decide ir como uma forma de aliviar a cabeça, algo que surpreende Joan e Don.
Nesse ponto, o roteiro acerta em nos lembrar que boa parte dessa comoção, assim como a forma que os personagens lidam com a questão, não passavam de uma apropriação quanto ao assunto. Assim, nos lembrando que mesmo estando em novos tempos, as barreiras da segregação não foram totalmente derrubadas.
Joan: Nós todos sentimos muito.
-T06E05: “The Flood”
Como foi dito antes, representar a realidade de uma época é uma tarefa difícil, não existem fórmulas, muito menos manuais de como fazê-lo. Não existe receita de bolo, mas é pela utilização de alguns recursos narrativos, que um bom roteirista pode criar uma combinação que funcione. Foi do equilíbrio entre a elegância e o charme com o nojo e a brutalidade, que Matthew Weiner conseguiu criar uma história visceral, desconfortável e, ainda sim, bastante fiel a época que representa. Podendo hoje ser considerada uma obra de grande valor histórico que não só nos faz entender melhor os anos 1960, como também nos faz refletir sobre as mudanças que passamos e o estado em que estamos agora.