LABIRINTO

Você já teve a sensação de que algo havia se perdido da sua infância até aqui? De que a vida adulta havia lhe furtado algo. Não apenas o tempo, que agora parece passar mais doloroso por você, mas algo menos mensurável do que rugas, cansaço ou fios brancos. Algo mais profundo. Algo que diz respeito aos seus sonhos, à sua capacidade de fechar os olhos à noite e escapar. Um certo brilho. Você lembra como era fácil desaparecer entre seus brinquedos, abraçar sua solidão e mergulhar no mundo imaginário por horas, sobrevivendo à falta de amigos, à desatenção dos seus pais. Mas agora, você é dolorosamente adulto, ou pior, seriamente adulto. Precisam que você seja. Mesmo que você não saiba bem quem lhe demanda isso. Você teve que jogar fora as ideias de menino, junto com os brinquedos e restou apenas a solidão. Implacável. E você não sabe bem o que fazer com ela sozinho em seu apartamento.

Neste ano, ao perceber que a pandemia estava longe de acabar, você começou a se sentir mais e mais entediado e infeliz. De alguma forma, para não se sentir profundamente traído por si mesmo, você começa a ter certa raiva da juventude. Lhe irritam todes seus amigues na internet, filhes de seus amigues, todes. Sozinho no seu apartamento, você vive amargurado. Começa a pensar que crescer é amargurar, que é o único movimento possível. Que endurecer é uma virtude. A rigidez, a falta de riso frouxo, o humor ácido.

Um belo dia, você tinha terminado seu home office — se é possível dizer que home office acaba, quando a sensação é que a vida fora do trabalho é só o curto período em que você come e dorme — mas tinha terminado aquele turno massacrante. Você estava pronto pra dormir, quando percebeu ao lado da sua cama, um velho livro. Muito muito velho e que você não se recordava de nunca ter comprado. Pegou o livro, incrédulo. Adultos preferem se chamar incrédulos do que curiosos. Pegou o livro e ao abrir, uma foto sua caiu da primeira página. Uma foto de você criança. Teve vontade de chorar, mas como não se permitia mais isso, você teve raiva. Seu rosto ficou vermelho. Folheou o livro até encontrar uma página grifada, como se a página abrisse especialmente pra você. Você, sem entender por quê, leu as palavras grifadas em voz alta. Por um impulso muito irreconhecível.

Leu: “Gnomos e duendes, eu… — você hesitou, como se estivesse prestes a fazer algo horrível. Então retomou — Eu quero que invadam os sonhos das crianças. Que comam suas esperanças com seus pequenos dedos estranhos. Que violem suas fantasias com o horror de monstros sérios. Que lhes apresente a pressa, a insônia, a ansiedade. Gnomos e duendes, que tirem o doce das bocas, lhe reserve as cáries. Que plante a insuportável solidão para que possamos ser adultos sem dor de sermos lembrados como era bom nosso passado.”

Dito isso, pequenas cabeças verdes surgiram entre os poucos móveis do seu quarto. Pequenos, asquerosos, com olhos gigantes. Riam alto. E depois tornaram-se sérios. “Tem certeza homem? Depois de feito, dificilmente será desfeito.” Você fez que sim com a cabeça, fascinado. Os gnomos ou duendes, você não sabia distinguir, correram feliz pelo quarto. Um deles tomou rapidamente a sua última foto da infância. “Essa vai com a gente.” Você ficou triste. Tentou implorar que deixassem a foto, mas era tarde. Eles desapareceram e nesse instante, estrondosos trovões tomaram os céus. Choros de mil crianças começaram em uníssono. Você teve vontade de chorar. Parecia que junto com a foto tinham levado também sua memória. Tudo de doce de sua infância parecia desaparecer da sua cabeça. O que diabos tinha feito? Que merda de livro era aquele? Retornou às páginas tentando chamá-los novamente. O som das crianças era insuportável. “Por favor” pedia. “Por favor”. Pediu tanto que uma enorme coruja entrou no quarto, suas penas pareciam brilhar refletindo a lua. Da coruja, fez-se um homem. Alto, cabelos grandes e crespos. Orelhas pontiagudas. Lindo. Completamente hipnotizante. Veste roupas nobres, brilhantes, de outro mundo, feito um rei. Ele ri de você, sua risada parece o eco do riso de vários gnomos, depois lhe faz uma proposta: “Então, você nos pede algo e minutos depois se arrepende. É tão ingênuo assim?”. Você tentou novamente pedir sua foto de volta, que tudo fosse desfeito, que tinha sido uma besteira. “Ora, — disse o estranho homem — volte para seus números e seu computador. Esqueça isso”. Você se recusou: “ Eu quero lembrar. Eu quero minha infância”, insistiu. O homem ficou sério: “Bem, eu vou lhe fazer uma proposta, por pena e porque me parece que pode ser divertida. Eu lhe dou uma noite em minhas terras, no meu reino labirinto enorme. Você precisa encontrar sua foto. Se encontrá-la, lhe liberto e dou os sonhos de volta às crianças. Se não, você se tornará um dos meus gnomos e trabalhará pra mim para sempre.” Não lhe parecia justo, mas você, desesperado, aceita.

A luz forte ofusca sua visão e quando você abre novamente os olhos está diante de uma enorme porta. Um portal gigante, cheio de relva, flores esquisitas, e desenhos muito bizarros. Você vê duendes e gnomos de todos os tamanhos, todos nus. E vários rabiscos obscenos envolta deles. Alguns agressivos, outros manhosos e sorridentes. Você os encara sério, sem entender como foi parar nesse lugar tão sem sentido. Se aproxima e a enorme porta se abre. Depois dela você encontra um primeiro corredor. Tão longo que parece seguir infinitamente. Por todo corredor vê dúzias de ampulhetas, todas iguais, caindo a mesma e delicada areia. “Ô merda, aquele é o meu tempo” — você realiza. Primeiro tenta correr. Corre à esquerda, mas parece seguir apenas uma enorme linha reta. Já começa a sentir os sinais do cansaço. Está há muito tempo parado, não estava preparado para isso. Senta-se no chão, prestes a desistir e escuta uma pequena voz, como que dentro de sua cabeça: “Há coisas que não percebemos com os olhos, mas com as mãos.” Você se ergue e começa a tocar o muro do labirinto, percebe as estranhas flores fálicas, mais e mais rabiscos obscenos talhados nas pedras, até que encontra uma brecha, uma passagem que não tinha visto antes. Atravessa. Agora vê algumas árvores, um enorme castelo ao fundo, e novas muralhas e divisórias, completamente diferentes das anteriores. Você se anima e continua seguindo. Começa a andar rápido, sente-se leve e ágil. Começa a ouvir um barulho, como uma festa. Mas as vozes são estridentes e esquisitas. Gritam, riem, gemem, cantam. Você fica com medo, mas decide segui-las. Parece se aproximar mais e mais. O barulho fica cada vez mais alto. Quando, do nada, sem nenhum aviso, sem nem perceber como, o chão embaixo de você se abre e você cai num enorme buraco. Parece que vai despencar pra sempre quando sente milhares de mãos o segurando. Um enorme buraco cheio de mãos grossas e grandes. Elas primeiro seguram seus braços, suas pernas. Depois, começam a acariciar você, tocam suas coxas, sua barriga, sua cabeça, fazem carinho tenros e estranhos. Você gosta do toque das mãos gigantes, mas gostar lhe incomoda. Você fica envergonhado. Uma delas se aproxima para acariciar seu pau. Seu coração acelera. Você percebe que está ereto. “Parem, parem!”, você diz. “Me deixem seguir. Eu preciso seguir.” Você escuta gargalhadas. As mãos lhe soltam e você cai no chão.

Agora você está num túnel subterrâneo, assustador e úmido. Muito pouca luz no seu entorno. Você se sente frustrado. O pau duro balançando entre as pernas. Você procura uma saída, sem sucesso. Está tudo escuro. Você anda por horas, quanto mais anda, mais sente raiva de estar sozinho, perdido, do calor, do seu próprio suor, das mãos, do pau duro debochando de você, do tempo que parece lhe escapar. Começa a se perguntar se vale mesmo tudo aquilo ter as memórias da sua infância, se não devia desistir logo e acabar com isso. Uma onda de tristeza cresce em você. Você está desesperado e exausto, se senta no chão e parece que afunda um pouco mais com seu peso. E você desaba em um pranto profundo. Lágrimas e lágrimas descendo seu rosto, molhando sua camisa. Incessantes. Molhando tudo. Até você pensar que vai se afogar nelas. Não entende de onde vem aquele choro incurável, mas o aceita. Há muito tempo você não chora assim. Neste momento, ali caído no chão, abatido, você vê uma luz forte surgir no túnel, uma luz verde fluorescente. Da luz, você consegue distinguir a silhueta de um homem. É ele, o homem do labirinto, você pode sentir. Ele se aproxima até que você vê o seu rosto. Os olhos dele agora são doces. Ele se aproxima e lhe pega no colo, como se você fosse leve, muito leve, como se fosse um bebê. Ele aninha você em seu colo, com facilidade. Você sente o peito dele contra sua bochecha. Ele lhe carrega para fora do túnel. Depois através de longas e tortuosas árvores, você volta a ouvir o barulho, como várias vozes falando juntas. Ele o leva na direção do som. Você ainda não parou totalmente de chorar e prefere seguir sem falar mais nada. Chegam numa enorme clareira cheia de gnomos, duendes e seres peludos. Todos ficam mudos quando você aparece. O homem lhe carrega até o centro, no meio de todos eles e lhe pousa sobre um enorme tronco. Você não queria que ele o soltasse. Você se senta no tronco, ainda tristonho. Todos lhe olham curiosos. Você tem a sensação de que algo está errado. Como se eles sentissem pena de você, ou pior, como se lhes dissessem que não era pra ser assim, que era pra ser divertido. Você ouvia uma voz na sua cabeça lamentando. “Era pra ter sido divertido”, diz a voz. Mas você continua sentado, soluçando.

Primeiro, dois gnomos se aproximam, com as mãos cheias de doces, pequenos bombons e balas coloridas. Eles lhe oferecem, colocando o punhado de doces como se fosse uma oferta valiosa. Você aceita. Come uns pedaços, no entanto a tristeza continua. Eles se afastam frustrados. Dois bichanos, muito peludos, se aproximam em seguida. Começam a caçoar um do outro, se pregam peças, batem cabeças, apertam o saco um do outro, todos riem. Você continua soluçando. Então o homem do labirinto avança até você, segura seu rosto entre suas mãos longas e esverdeadas e lhe pergunta: “O que preciso fazer para você ficar feliz?”. Entre lágrimas, sem entender bem o porquê, você diz: “Me beije.” E o homem do labirinto beija sua boca. Os gnomos todos suspiram surpresos, chocados. Mas você nem escuta. A boca do homem do labirinto é salgada e a barba dele espeta seu rosto. Você o beija, lentamente. Toca seus cabelos e suas enormes e lustrosas tranças. Quando ele se afasta, você percebe que está sorrindo. Todos aplaudem, felizes por você. É tudo muito estranho. Aquela multidão de seres querendo lhe fazer rir? Querendo lhe deixar feliz? O homem, agora também sorrindo, se aproxima novamente e lhe dá outro beijo sem você pedir. Ainda mais longo, mas com mais agilidade, mais vontade. Você retribui o beijo. Passa as mãos pelo seu pescoço, seu peito. Beijá-lo é encantador. Você sente o início de uma euforia gostosa. Uma vontade de levantar, dançar, se sacudir, beijá-lo mais e mais. Ele segura na sua mão, você levanta e ele dança com você. Mesmo que sem música. Ele guia você, vocês dois dançando com os rostos colados. Os gnomos e os duendes todos dançam também, rindo e cantando músicas que você nunca ouviu antes. Mas você só pensa no homem mágico grudado no seu corpo, dançando como se os seus pés flutuassem na clareira. Vocês giram e giram, e se beijam. Quanto mais ele lhe gira, mais você o acha bonito. Como se o rosto dele fosse mudando e mudando a cada volta, ficando mais fantástico. Seus olhos brilham. Sua boca parece mais apetitosa. Você o beija mais e mais. Sente suas barrigas grudadas. Sente o seu pau ficando duro outra vez, sente o dele ficar duro feito uma pedra também. Ele lhe gira mais e mais. Quando você percebe suas roupas sumiram, assim como as dele. Vocês estão entrelaçados, dançando, nus. Na frente de todos. Completamente nus. Seu impulso normal seria se cobrir ou ficar envergonhado, mas dessa vez você sente vontade de gargalhar. E ele é tão lindo nu dançando com você que você só quer sorrir e continuar o beijando. Ele para de dançar, você não aguenta e toca gentilmente o pau dele. O pau é tão bonito, longo, diferente. Você se lembra das flores estranhas que viu na entrada. O pau dele é como uma planta, vigorosa. Você está fascinado. Toca o pau dele com as duas mãos. Vai das bolas até a cabeça. Ele parece orgulhoso do seu fascínio diante do membro. Você sobe e desce as mãos, apertando um pouco mais firme. Ele então lhe diz: “Você pode chupar, se quiser.” Todos os gnomos riem. Eles sabem o que você quer. O homem do pau mágico senta-se no tronco, no meio da clareira. Feito um rei em seu trono. Agora com semblante soberano, cheio de pose. Você faz uma reverência e se ajoelha aos pés dele. Beija os seus pés nus. Lambe suas canelas longas e grossas. Chega finalmente diante da piroca, que ele agora ergue com a mão como que a ostentando. Você sorri, maliciosamente e pergunta se realmente pode seguir. Ele faz que sim com a cabeça. Os gnomos e duendes urram de felicidade. Todos os bichanos e seres estranhos estão à volta de vocês e ficam excitadíssimos, gritando e aplaudindo, praticamente torcendo para que você o abocanhe logo. Você começa beijando a cabecinha. Tem um gosto doce. Você se surpreende e continua beijando, lambendo, até começar a chupar, sugando a cabecinha com a boca. O homem do labirinto geme e segura sua cabeça para você chupá-lo mais fundo. Você chupa com gosto. A textura do pau dele é diferente, como que escamosa e ao mesmo tempo macia. Parece caber perfeitamente em sua boca. Parece encaixar perfeitamente em toda sua boca. E chupar mais e mais a pica dele, lhe excita mais ainda. Ele geme e a cada gemido, um gnomo uiva de prazer. Você se pergunta se não estão todos aqueles estranhos seres com os seus diferentes paus nas mãos, se masturbando olhando aquela cena. O rei deles assim exposto e eles gozando em cerimônia. Ou talvez estejam todos com tesão em você, você pensa. Começa a se habituar com a ideia de que você pode ser também delicioso. O pau pulsando em sua boca. Você sente as veias latejando. Cada vez mais doce. Sente a seiva açucarada querendo escorrer em sua garganta. Nesse instante, o homem do labirinto manda você parar.

“Ainda não”, ele lhe diz, “Venha, sente em meu colo.” Você se senta. O pau dele roçando em sua bunda, no seu cu. Você começa a latejar, tremer, suar de tanto tesão. Ele beija sua nuca, passa a língua ágil por sua orelha, quase como uma cobra. Com uma das mãos ele finalmente toca o seu pau, que está há tanto tempo querendo ser tocado. A palma dele é macia e quente. “Você quer a ajuda deles?”, ele lhe pergunta, se referindo aos gnomos sedentos que os encaram apaixonados. “Não”, você responde, “ Quero apenas você”. Os gnomos grunhem e rangem os dentes, desapontados. O homem mágico cospe na sua própria mão uma seiva espessa e brilhante e mela o seu pau com essa seiva. E começa a tocar seu pau molhado, com as duas mãos. Mas as mãos junto com a seiva parecem se aquecer e formigar. Você sente um prazer novo, completamente extraordinário. Seu pau formiga e então as mãos quentes alternam em tocar pressionando e girando delicadamente sobre a cabeça, ou indo da base até o topo. Você geme. Ele passa a língua pela sua orelha, fica beijando e lambendo sua orelha enquanto bate a punheta em você. Você começa a tremer e rebolar no colo dele. Ele pede pra você levantar rapidamente e quando você torna a sentar, ele mete aquele pau mágico no seu cu. E mais uma vez a piroca parece se adequar perfeitamente ao seu buraco. Ela entra devagar, macia, úmida. Você quica devagar no colo dele e ele continua lhe tocando. Agora o gemido de vocês parece ganhar eco com os seres na clareira. Todos com as mãos nos caralhos, caralhinhos e caralhões, gemendo feito loucos. Você subindo e descendo, sente-se cada vez mais relaxado. A euforia retorna. Forte no seu peito. Você começa a rir. Todos riem com você. Você começa a quicar mais rápido. O homem mágico também lhe masturba com mais vigor. Seu pau lateja, formiga e esquenta. Lágrimas de alegria escorrem dos seus olhos. Você fecha os olhos e segue quicando. Ele vai gozar e você também. Vão todos jorrar mil porras brilhantes e suculentas. Dito feito, vocês gozam todos juntos. Mas não termina por aí. Depois do gozo voando, melando as pernas, os corpos, tudo, você continua — mesmo que seu pau vá aos poucos murchando — você continua com aquela euforia e formigamento. Um orgasmo que lhe dá vontade de dançar outra vez. O homem beija suas costas. A língua dele lhe faz cócegas. Tudo é tão prazeroso e livre. Você então lembra da sensação de andar no balanço que havia na praça perto da sua casa, lembra do quase voo. Lembra da chuva de verão batendo no seu corpo no final de um dia de praia. Lembra de como era correr descendo a ladeira da casa da sua tia. Uma série de imagens da sua infância lhe atravessam. Uma série de sonhos misturados com memórias. Você não se lembra bem, mas parece sentir o gosto do bolo de chocolate com cenoura da sua avó. Você tem vontade de chorar de saudade, mas é um choro doce. Tem um prazer enorme. “Fica comigo”, diz a voz do homem do labirinto. “Eu tenho que ir, eu sinto muito”, você responde. Você quer se despedir, mas tem a sensação de ser cuspido pra fora.

Você acorda no seu quarto, o livro caído sobre seu peito, molhado. Você está ensopado de suor. Sente-se tranquilo. Nenhuma trovoada, nenhum choro de criança. Você sabe outra vez o que é sonhar enquanto o mundo está desabando. Você respira aliviado.

* * *

Ilustradora:

Joana Amora

Joana Amora é artista-jardineira multimídia. Se interessa em aprender com a vida sobre jardins, paisagens, cultivo e cuidado de realidades. Como artista-cientista, observa e experimenta os fenômenos naturais, cultivando obras vivas e processos, por meio da co-criação com a Natureza. Se interessa por cultivar relações e realidades mais sustentáveis.

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Julia Limp
Julia Limp
É artista multifacetada. Tem casa no teatro, onde está em formação, mas já trabalha profissionalmente precocemente como atriz e diretora. Tem quintal na música, onde canta, compõe e tem algumas coisas já gravadas e crescendo em direção ao mundo. Mas fez cama na palavra, com quem se deita e tece prosa, cada vez mais perigosa e úmida. É muito surto e muito afeto, trabalha com muito tesão e às vezes com raiva. Pode morder, mas esperamos que só de sacanagem.

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