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Flores em holandês

A primavera fora dos trópicos é coisa séria. Quando aparece, ela levanta o astral de um país todo. Depois do rigoroso inverno de dias curtos e um frio de doer, a luz, os perfumes e as cores alavancam o humor de todos. Nos trópicos, como grande parte do Brasil (onde a natureza é mais constante no desabrochar) a gente só imagina este processo da primavera pelos livros e filmes e fotos, mas a experiência estética é muito mais intensa ao vivo. Saber nem sempre é sentir. Parece conversa de revista de decoração, mas é papo seríssimo.

E se os holandeses são mestres do planejamento, do design, da manipulação de cada centímetro quadrado de terra, as flores não ficariam de fora. Elas são notoriamente selecionadas há séculos também. E continuam sendo. Estas que vocês veem aqui ganharam nomes de estrelas de cinema, por exemplo. A gente no Brasil conhece essa cultura ao visitar a antiga colônia holandesa em São Paulo, Holambra, onde estive uma vez, por volta dos meus 8 anos. Só lembro mesmo das cores e do tamanho das flores tomando todos os meus sentidos, ao adentrar a feira.

Nessa época na Holanda, não só as flores comercializadas, mas todos os canteiros, meio fios, pequenos trechos de gramado estão cambiando de formas, escandalosamente, encantando os passantes. A cada semana um desfile diferente. Pedalando pela cidade, você descobre uma nova espécie pululando aqui e ali. Um dia o canteiro em frente à minha escola está pintado de amarelo. Na semana seguinte de rosa, na outra, de branco… E você pode levar consigo uma ou outra flor pelo caminho, pois elas abundam como se dissessem: me leva? Outro dia fiz dois buquês na orla do canal aqui perto de casa e levei para mim.

Fiz essas imagens no sábado passado, enquanto escolhia umas flores para oferecer a uma família a que ia visitar. Esta esquina era um espetáculo matinal. E para completar, nas parcas horas vagas, estou pesquisando flores comestíveis. Imagine um almoço onde flores são degustadas. Primeiro: para provar que comer é experiência multissensorial. Segundo para provar que amor é ingrediente essencial na comida de todo dia. E, terceiro, unir o útil ao agradável, claro, comer com arte! Veja um pouquinho mais num livro que encontrei: De Smaak van Bloemen (O sabor das flores), se quiser, no meu multiply.

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Ludmila Rodrigues
Ludmila Rodrigues
Ludmila Rodrigues é carioca, artista plástica, cenógrafa e professora, radicada em Haia, nos Países Baixos. Seu trabalho une a dança à arquitetura, construindo pontes entre os cinco sentidos e a arte, entre a experiência individual e a coletiva. Ludmila também é apaixonada por kung fu e por cinema.

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