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Primo-Choro: guitarra com cavaco, violão e pandeiro

Um dos motivos que me fizeram ficar por quase dois anos sem escrever aqui no Trevous foi o fato de precisar de mais tempo para um trabalho muito importante, tanto no âmbito profissional como no pessoal: gravar meu primeiro álbum. Com avanço tecnológico que a gravação fonográfica conheceu de meados da década de 90 para cá e a facilidade que a internet proporciona na divulgação e distribuição de música, hoje podemos gravar um disco por custo relativamente baixo, eliminando a necessidade antes imperiosa de um contrato com uma gravadora para colocar a própria arte na praça. Então, em agosto de 2013 entrei no estúdio e comecei a gravar meu trabalho de forma totalmente independente, numa produção que durou três anos e onde me desdobrei como artista, músico, arranjador, arregimentador, diretor musical, assistente de mixagem, produtor musical, produtor executivo e investidor… Ufa! Foi um tempo de grande aprendizado e crescimento profissional, e depois de tanto esforço e trabalho, a sensação de ouvir gravados os sons que antes existiam apenas na minha imaginação é muitíssimo gratificante, dá vontade de gravar mais, mais e mais. Neste pequeno artigo compartilho com vocês um pouco desta jornada de nascimento do meu primeiro trabalho solo: Primo-Choro. Aperte o play e vamos nessa!

DAS IDEIAS PARA O ESTÚDIO

Olhe ao seu redor e veja todas as coisas criadas pelo ser humano. O prédio onde você está, a cadeira onde está sentado, o celular ou computador à sua frente, suas roupas, seus óculos, a lâmpada que te ilumina, etc., etc., etc. Tudo isso foi criado pelo gênio humano, e absolutamente tudo isso, um dia, não existia senão na imaginação de alguém. Este é o poder da criatividade, este é o poder da imaginação! Todos os objetos, instituições, filosofias, ciências e  religiões; dos cadarços dos seus sapatos até as pirâmides do Egito, das pinturas rupestres aos códigos de programação desta página, absolutamente tudo é fruto de nossa imaginação e tudo veio de lá. Já tinha parado pra pensar nisso? Com o perdão da rima, um álbum independente não é diferente: tudo começa com uma ideia. E, neste caso, termina num estúdio.

Era mais ou menos setembro de 2012 e eu acumulava composições de Choro desde 2005, todas na gaveta, e no ano anterior eu já havia experimentado a direção de alguns ensaios e gravações com um grupo do qual era integrante, me saindo muito bem na função, modéstia à parte. Daí veio o ímpeto de gravar minhas próprias composições e a construção de um conceito artístico que conduziria todo o trabalho: usar a guitarra como solista principal, instrumento menos comum no Choro, ao lado dos típicos cavaquinho, violão, pandeiro, bandolim, flauta, clarinete e trombone. E na sequencia do conceito vieram o planejamento e a pré-produção: elaboração do orçamento, arranjos, escolha dos músicos, escolha do estúdio, ensaios, ensaios, ensaios e mais ensaios… Como em quase todas as faixas gravei guitarra e violão de 7 cordas, meu trabalho como instrumentista foi dobrado!

Finalmente em agosto de 2013 fiz a primeira sessão de gravação no Estúdio Supernova, subúrbio do Rio. Foi a primeira de quase trinta sessões distribuídas ao longo de três anos. Na prática nem tudo funciona tão bem quanto no papel e as coisas obviamente não aconteceram perfeitamente de acordo com os planos: houveram gravações descartadas, gravações refeitas, troca de músicos e pausas inesperadas na produção, seja por falhas no planejamento, por falta de dinheiro, ou por ambos. Como eu disse, o trabalho foi totalmente independente e acumulei várias funções, no melhor estilo “faça-você-mesmo”, e esta sobrecarga foi complicada em alguns momentos. A produção chegou a ficar parada por mais de um ano por causa de arranjos que precisavam de finalização. É, meus amigos… Numa produção longa assim a lei de Murphy dá as caras todos os dias! Mas no fim das contas, com organização, boa vontade, perseverança, uma boa dose de jogo de cintura, o apoio dos grandes profissionais que trabalharam comigo e, sobretudo, a bênção dos meus Orixás e de São Pixinguinha, deu tudo certo. Em julho do ano passado Primo-Choro foi concluído, com dez músicas, sendo sete autorais (incluindo a faixa-título, o primeiro Choro que compus) e mais três clássicos que já faziam parte do meu repertório de estudo.

Alguns números da produção, para você ter ideia do que é gravar um álbum: as dez faixas produzidas totalizam 38 minutos e meio de música; foram mais de 150 horas de estúdio incluindo gravação, mixagem e masterização; média de 4 horas de estúdio para cada minuto de música finalizada; mais de 250 páginas de partituras e muitas horas gastas na edição das mesmas; além de mim, foram mais 12 profissionais envolvidos na produção, sendo 1o músicos, um técnico e uma fotógrafa.

Para conhecer melhor meu trabalho, além de dar o play na playlist ali em cima, você pode conhecer meus canais no SoundCloud e YouTube, além de curtir minha Página no Facebook. Lá você fica por dentro não apenas do meu trabalho solo, mas também da minha atuação como professor, meus cursos e oficinas, além de sempre fazer publicações de interesse geral relacionadas à música.

PRÊMIO PROFISSIONAIS DA MÚSICA 2017

Prêmio Profissionais da Música 2017

Enquanto finalizava este artigo recebi a ótima notícia de que sou um dos semifinalistas do Prêmio Profissionais da Música 2017, que premia os mais diversos profissionais e entidades envolvidas na produção e divulgação musical, desde técnicos até músicos, passando por rádios online e projetos educacionais. Estou concorrendo na modalidade “Criação”, categoria “Artista Choro”. Além da satisfação de ver um trabalho rendendo frutos, fica também a honra em participar de um prêmio onde concorrem vários artistas, grupos e iniciativas que admiro, como Hamilton de Holanda, Rogério Caetano, Déo Rian, Duo Gisbranco, Folakemi Quinteto e o programa Um Café Lá Em Casa, apresentado e produzido por Nelson Faria.

Até dia 19 de fevereiro a votação estará aberta ao público através da página do Prêmio Profissionais da Música. Se você conhece ou está conhecendo meu trabalho, conto com seu voto para me classificar para a grande final. Para participar não leva mais do que cinco minutos, basta entrar na página, cadastrar-se e votar, lembrando que são várias categorias e não é necessário votar em todas para validar sua participação (mas vale dar pelo menos uma olhada e conhecer o trabalho de um monte de gente boa que está concorrendo). E não esqueça a categoria na qual sou semifinalista: Criação > Artista Choro > Diego Cavalcanti.

Até a próxima!

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Diego Cavalcanti
Diego Cavalcanti
Músico, violonista, guitarrista, compositor, arranjador e professor. Gosta de música brasileira, especialmente Choro e Samba. Acredita que escrever na internet vai levar ao mundo a genialidade de sua obra, ainda restrita ao seu quarto, meia-dúzia de amigos compassivos e dois ou três alunos bajuladores.

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