Raoni Metuktire, 89 anos. Cacique da etnia Kaiapó, cresceu no Mato Grosso e desde os seus 15 anos luta pela demarcação das terras indígenas e pela preservação do meio ambiente. Hoje, depois de mais de meio século resistindo aos ataques de madeireiros, garimpeiros e de grandes empreiteiras que buscam lucro através da exploração de territórios indígenas, se encontra diante de um dos maiores reconhecimentos do mundo moderno: é um dos candidatos ao prêmio Nobel da Paz de 2020.
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No vídeo, feito por uma mídia independente, Cacique Raoni demanda que o governo ouça as vozes do seu povo.
O cacique voltava de uma viagem à Europa, onde encontrou-se com diversos líderes políticos e religiosos, a fim de reunir apoio para ações de combate às queimadas ocorridas na Amazônia, quando recebeu a notícia de que seria indicado.

A proposta veio diretamente da Fundação Darcy Ribeiro, através da qual diversas entidades e organizações indigenistas e ambientalistas estruturaram uma campanha para que Raoni alcance a premiação.
Neste outro vídeo, o cacique aparece defendendo a importância da Funai em uma conferência no início de 2019.
O objetivo da campanha é, para além do reconhecimento legítimo da luta de Raoni e da necessidade de respeito aos povos indígenas, chamar também a atenção mundial para o que está acontecendo na parte brasileira da Floresta Amazônica. De acordo com o Greenpeace, o número de queimadas já é 145% maior do que o registrado no ano passado. Em agosto deste ano, até o dia 20, foram 23 mil focos de incêndio na Amazônia — mais de mil por dia.
A campanha segue com a hashtag #raoninobeldapaz2020 nas redes sociais.
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