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Clímax: a imersão do cinema sensorial

Da melancolia sobre relações amorosas contemporâneas de Her, vamos agora para um filme extremamente sensorial, onde os sentimentos de loucura e medo se instalam em um lugar previamente seguro com o longa Clímax, do provocador Gaspar Noé.

“Uma montanha russa que se torna um trem fantasma”

Acho que esta frase define bem o filme: uma experiência sensorial para quem assiste. Nós somos praticamente sugados para dentro do ambiente e da trama do filme. Para que esta loucura estivesse presente na interpretação dos atores, o filme foi rodado em ordem cronológica durante quatro semanas. Segundo o diretor, foi o filme mais rápido que ele já realizou, desde a concepção da ideia até o término das filmagens.

É neste caos todo que a trilha sonora se mostra primordial na construção de um ambiente intenso, eufórico e de gradual perturbação.

A trilha contém inúmeras músicas eletrônicas de produtores musicais europeus antológicos, como o francês Cerrone e o italiano Giorgio Moroder.

A princípio, o diretor Gaspar Noé estava completamente fascinado pelo mundo da dança, pelos dançarinos da noite parisiense e pela riqueza de suas experiências de vida. Ele foi magnetizado por esses artistas, que mesmo vivendo sob realidades adversas, brilhavam em cima de um palco. Seja uma vez por semana, a cada quinze dias ou a cada mês, aqueles poucos minutos os transfonavam em estrelas potentes e grandiosas, os preenchendo de satisfação e esperança.

Em meio à esta pesquisa, o estilo de dança krumping foi o que mais impressionou Noé, por seus movimentos extremamente rápidos, rijos e com uma certa agressividade de quem necessita expurgar a opressão que vive. Abaixo, separei um vídeo que ilustra os movimentos que atraíram o diretor:

Este estilo de dança foi tema do documentário Rize (2005), realizado pelo badalado fotógrafo de moda David LaChapelle. O filme impressionou Noé com sua energia vibrante, pois os artistas dançam como se estivessem possuídos. Já Clímax utiliza muito dessa relação dança/espiritualidade para se conectar com a paranoia instalada na festa.

Nos créditos iniciais, o filme se intitula “orgulhosamente francês” por se conectar ao sentimento do país, que começava a se recuperar dos ataques terroristas sofridos no final de 2015. O medo de lugares fechados, o perigo à qualquer instante e vindo de quem menos se espera, no filme, o terror está em todo lugar.

Para relembrar melhor esses dois momentos da história recente da França, separei duas reportagens: A primeira é sobre os atentados orquestrados no país em 2015 e a segunda aborda como o povo passou a conviver com o trauma destes eventos.

O estilo de Gaspar Noé continua extremamente sensorial e chocante, como foi por toda sua carreira. Colocados em conflito, seus personagens se expõem aos instintos mais animalescos e fisiológicos. Se você ainda não conhece nenhum outro filmes deste diretor, sugiro os títulos abaixo:

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