Três vezes Jackie Chan II: A Jornada Continua

Mais dicas de filmes com Jackie Chan em Hong Kong

Como toda continuação que se preze, este post é uma versão maior e, não necessariamente, melhor deste outro texto. Vocês podem ter notado que um velho conhecido está dando as caras por aqui de novo. Sim, Jackie Chan! Sem dúvidas o ator honconguês mais famoso da atualidade. Por isso, apertem os cintos e venham comigo nessa jornada pelo submundo dos streamings e descubram algumas pérolas escondidas do cinema asiático.

O Protetor (1985)

Danny Aiello e Jackie Chan
Danny Aiello e Jackie Chan interpretam uma dupla de tiras improvável

Este filme, dirigido por James Glickenhaus, transpira anos 80. Tiro, porrada, cenas de nudez, uma dupla de tiras improvável, a morte de um parceiro/amigo/pai de família… Tem até, lá no comecinho, uma referência aos longas distópicos com o visual “meio punk” — que, apesar de encontrarem os seus principais representantes nos anos 70, em filmes como Mad Max (1979) e Os Selvagens da Noite (1979), tiveram um boom nos anos 80. Em “O Protetor”, Jackie é Billy Wong, um detetive nova-iorquino (sim, a história começa em Nova York, mas tenham paciência…), que tem que ir para Hong Kong (aí, não falei?) para resgatar uma vítima de sequestro e desbaratar um esquema de tráfico de drogas internacional. Como eu disse, nada mais oitentista do que isso. Vale mencionar que dando um suporte ao nosso astro, está Danny Aiello como parceiro “substituto”.

Crime Story (1993)

Jackie Chan e Kent Cheng se encaram
Jackie Chan e Kent Cheng

Este longa dirigido por Kirk Wong — e dizem as más línguas, com muita interferência indesejadas de Jackie — é no mínimo interessante. Assim como os filmes mencionados no texto anterior, a história é simples e serve mais como uma justificativa para as diversas situações de tensão e cenas de ação, do que um elemento primordial. Então, se você é um devoto ortodoxo da deusa Narrativa Bem Construída, talvez não curta, porém para aqueles que, assim como eu, acreditam que o cinema é mais do que isso, talvez queiram se aventurar a assistir essa obra. Mas não se enganem, “Crime Story” não é uma obra-prima ou coisa do gênero, mas sim um filme de ação rocambolesco, com um ótimo jogo de gato e rato entre o inspetor Eddie Chan (interpretado por nosso herói) e o o corrupto Hung (interpretado pelo excelente Kent Cheng).

Operação Condor: Um Kickboxer Muito Louco (1991)

Carol Cheng, Eva Cobo, Shôko Ikeda eJackie Chan olham admirados para um objeto.
Carol Cheng, Eva Cobo, Shôko Ikeda e, claro, Jackie Chan

Ok. Talvez este filme não devesse estar aqui já que o protagonista em momento algum põe os pés em Hong Kong. Mas como ele foi produzido lá e eu que a dito as regras do jogo, vale estar nesta lista. Aqui nosso ator honconguês favorito interpreta um aventureiro que, ao melhor estilo Indiana Jones, percorre o mundo em busca de tesouros e artefatos perdidos. Na verdade, “Operação Condor: Um Kickboxer Muito Louco” faz parte de uma série de filmes de aventura/comédia iniciada por “Armadura de Deus” (1986). Vale mencionar que além de atuar — ao lado de um elenco internacional — Jackie Chan também dirige esta barra de ouro que vale mais do que dinheiro. Por isso, assisti-la pode ser uma oportunidade de conhecer um pouco de seu estilo milimetricamente planejado de direção.

Jackie Chan olha sério para alguém fora de quadro
Jackie Chan ainda te lembrando que não faz só comédias

Enfim, se bateu aquela curiosidade, os longas estão disponíveis — até o momento em que escrevo este texto — no Prime Video da Amazon. Estas são três obras para se ver antes de morrer de tédio num domingo monótono e modorrento. Não sei se posso dizer que este post fará parte de uma trilogia ou não. Como já bem sabemos, o terceiro filme é, quase sempre, o pior de todos. Mas quem sabe se em umas de minhas longas jornadas streaming a dentro, eu encontre mais filmes legais estrelados por Jackie Chan.

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José Luiz
José Luiz
Roteirista wanna be, que acha que, já que o Terceiro Mundo (bom?) vai explodir, só resta avacalhar. Gosta de cinema e de dormir (que atualmente parece a única forma de sonhar). As vezes, faz referências que só têm graça para ele, mas é como dizem “ninguém é perfeito”.

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