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As vantagens de ser invisível e a redescoberta do afeto

Agora um alívio! Depois de sairmos do Clímax, aquele filme perturbador do Gaspar Noé, vamos para uma das obras que eu mais amo na vida e que marcou toda minha geração!

Primeiro de tudo já solta a playlist do Spotify, porque a trilha sonora deste filme é absurdamente maravilhosa, com nomes como The Samples, The Smiths e também a presença da lenda maior David Bowie.

O fato dela ser composta por grandes conjuntos e cantores dos anos 1980 e 1990, evidencia a época em que o autor estava em período colegial, vivendo e experimentando as dores e as delícias da juventude.

As experiências da adolescência e do ensino médio podem ser agradáveis e nostálgicas para alguns, mas extremamente difíceis e dolorosas para outros. E é neste limbo que Stephen Chbosky, autor do livro, do roteiro e diretor desta obra, se encontrou.

Ele criou este romance enquanto passava por uma separação, onde questionava noções de amor próprio e reconexão com sua essência. Por essas e outras, sempre controlou os direitos da obra, tratando-a como intransferível e intransponível, o que não é comum na indústria do cinema. Chbosky fez questão de capitanear todas as etapas criativas de sua obra.

As Vantagens de Ser Invisível é um grande marco para nós, os primeiríssimos millennials, nascidos a partir de 1995, essa geração que já cresceu mexendo na internet, embora com muitas influências e hábitos das gerações anteriores. O livro foi lançado em 1999, mas sua história se passa em 1992. O filme, por sua vez, só foi lançado em 2012. Então, as referências dos anos 1980, 1990, 2000 e 2010 se misturam neste caldeirão identitário que é a obra de Chbosky.

Justamente quando o filme estreou, eu estava praticamente terminando o ensino médio, onde os sonhos e expectativas no futuro eram gigantes. A gana e ansiedade de realizar sonhos começavam a germinar, assim como os primeiros prazeres, relações amorosas, paixões platônicas… Muito, muito, muito. Tudo muito. A bendita intensidade; a sensação mais eufórica na mais linda das idades.

Não é á toa que filmes de high school ainda são universais e abarcam públicos de todas as idades, pois é neste momento da vida em que expressamos nossa essência e começamos mudanças que nos acompanharão por muitos anos. É a reafirmação de escolhas e ações que constituirão nossa identidade. Ali estamos nós ainda sem os grandes golpes da vida adulta e sem os problemas que vamos assumir com o chegar da idade. É a hora de arriscar.

Pra mostrar o quanto eles ainda estão presentes no cinema e nas premiações contemporâneas, trago títulos que fizeram bonito e já são novos expoentes desta dramaturgia coming-of-age: 

Um outro fator interessante do filme é a maneira de como a literatura do século XX ajuda o protagonista a lidar com seus próprios problemas e a construir sentido à sua própria vida, passando a entender o pensamento humano e a se expressar. Torna-se evidente o poder da arte literária e a cumplicidade que se tem com a solidão, com o medo do desconhecido e até com o seu professor, primeiro parceiro de Charlie no opressor ensino médio americano.

Alguns títulos que são citados e aparecem na estante do personagem de Logan Lerman são: O Grande Gatsby (1925), O Estrangeiro (1942), O Apanhador no Campo de Centeio (1951), Na Estrada (1957), A Separate Peace (1959) e O Sol é para Todos (1960). Outros autores de língua inglesa citados são Charles Dickens, autor de Oliver Twist e Um Conto de Natal e William Shakespeare, autor das peças teatrais Hamlet e Romeu e Julieta.

Depois de muito escrever sobre este filme, eu só sinto vontade de assistir mais uma vez e me deliciar com a ingenuidade, o afeto e grande amizade que o trio composto por esses três grandes atores (Logan Lerman, Emma Watson e Ezra Miller) representou e ainda representa para mim.

É uma nostalgia muito bem-vinda para tempos de isolamento social. Uma redescoberta dos valores, dos amores e dos bons sentimentos. Uma nova maneira de renascer, de amadurecer e de despontar para um novo normal. Para um novo mundo.

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